Saturday, July 08, 2006

Cético, eu?


Quando comecei a ler esse livro (Ensaios Céticos, Russell) só lembrei de uma pessoa: Chris. Não que ela seja cética, até porque tenho outros amigos muito céticos, mas sim porque foi a primeira pessoa a me chamar de cético, e até hoje sou curioso acerca dessa minha natureza. Boa hora para esse livro, especialmente pelo preço, 2 conto.

Cada parágrafo tem me remetido a momentos da vida... "Consequentemente, o povo luta contra e a favor de medidas inteiramente irrelevantes, enquanto que os poucos que têm opinião racional não se podem fazer ouvir porque não alimentam as paixões de ninguém"
Segundo ele (baseado em Shakespeare) somos formados por três elementos: o poeta, o amoroso e o lunático. Então toda a nossa personalidade é forjada em diferentes tensões destes três.
Entendam que o lunático não se trata do louco, mas da pessoa que não se faz entendida. Fazemos a guerra e defendemos os interesses do nosso país. Por que não somos taxados de loucos? Afinal, a guerra é um ato insano corroborado pela consciência coletiva.

O equilíbrio, deveras deslocado, se faz impossível. O que fazemos é utilizar inconscientemente as partes não utilizadas pelo consciente.
Isso teoriza o intenso uso da razão por alguns "exáticos". O intenso seria a parte poeta/amoroso (sem consequencias, parte não racional).
Aqui eu creio entrar o cético: aquele que apercebe tal. Tenta buscar o equilibrio destas três partes. Mas isso não fica claro na opinião do Russell, ou talvez eu não tenha entendido.
Sempre imaginei o cético como sendo "exático". Mas não. Acredito que uma pessoa "do contra" pode ser um potencial cético, mas as vezes sem o uso da razão.
Então, penso eu, a busca do equilíbrio poeta/amoroso/lunático é a vida do cético?

Bertrand Russell (1872-1970), matemático e filósofo inglês, laureado com o Premio Nobel de Literatura de 1950.

PS: seria Salomão um dos maiores céticos de todos os tempos?

Sunday, July 02, 2006

Acerca da "Evolução" - parte I?


Terminei o O Que é Vida?/Mente e Matéria do Schrödinger.
Realmente me inspirou a certos pensamentos novos e mais ainda, a confirmar muitos que já pensara. Mas um ponto que tomou minha atenção, talvez o melhor, é a "evolução".
Se entende por evolução a melhora do código genético dos seres animados fazendo com que esses possam dominar outros não tão melhorados.
Nós, seres humanos, já dominamos muitas coisas, mas qual seria o próximo passo da evolução?
Se considerarmos a inteligência uma característica "evoluída", estamos perdendo-a. Sim, estamos.
Segundo a Teoria da Evolução, se algo no código não está sendo mais usado, em gerações essa característica vai sendo perdida. Deixe-me exemplificar.
O apêndice. Sabemos que não tem função biológica nenhuma - tanto é que que algumas pessoas o retiram quando sofrem de apendicite -, e que pouco a pouco ele desaparecerá.
Assim é a nossa inteligência. Cada vez mais não a usamos, podendo levar ao caminho onde iremos perde-la.
Quando falo que não a usamos, significa que um coletivo não a usa. Isso é refletido no consumo besta de várias coisas banais como música, cinema, carro, roupas etc.
Qual seria o ser melhor que nós?
Será que não existirá mais um grupo de pessoas que defenda um território físico, com língua bem definida, cultura estabelecida, ou seja, um país? Será que os que a usam se segregariam das que não as usam?
Uma nova concepção de estado seria formada.

PS: não sou perito em Teoria da Evolução e sou partidário da Teoria da Criação.

Saturday, July 01, 2006

acerca de nós e dela - introdução

Sim, agora reúno alguns pensamentos corriqueiros, aberto a críticas, discussões e xingamentos.
Mas não esperem uma pessoa culta, nem um físico filósofo, muito menos eu.