
Mais um ano começa. Mais outro termina. E que diferença faz/fez?
Primeiro aniversário que me recordo passar fora de Aracaju.
Estranho. Não recebi nenhum abraço, mas um monte de aperto de mão, salvaguardados asteriscos.
Calma! Ainda não estou reclamando.
O pessoal do lab não tinha se tocado ainda, mas quando o perceberam fizeram um improviso surpresa: cantorias tradicionais.
Nessa hora creio eu ter entendido um pouco do "povo daqui".
Realmente, eles são muito desconfiados, refletidos em um só beijinho no rosto e pouquissimos abraços. Fechados nos sentimentos. Se conversam com você, não olham na cara, preferem o infinito. Poucos sorrisos.
E um monte de outra coisa que só quem é de fora percebe.
Por outro lado, do que vale um abraço forte todo dia, se nem se quer um esforço para um abraço no principal dia?
Do que vale o calor humano, que se dissipa como a poeira ao ver o vento?
Em um outro dia, fui apreciar uma exposição de um artista do séc. 19: Edgar Degas.
Não virei um fã do repertório, mas os pensamentos me tocaram.
A forma como ele pintava/esculpia era deveras interessante. Observava bastante. Retirava-se ao ateliê e retratava o que lembrara. Sem modelos.
O mais impressionante era como as esculturas carregavam uma forte sensação de movimento (cavalos correndo, bailarinas dançando etc.)
Me lembrou um texto, que lí por aí, em que Aristóteles explica/define o que é Filosofia quando se encontra em uma feira de rua na antiga Grécia.
E o que isso tem a ver com tudo?
Tem a ver com refletir. Perder o egoísmo. Ver o próximo. Descobrir quem somos.
E para finalizar a semana 26, ontem teve festinha em casa.
No final das contas, somos realmente diferentes?
Uns são explicitos. Outros vestem máscaras.
Bem, esse post foi sem pé e cabeça (como se os outros fossem).
Sinopse dos pensamentos da "Semana de 26".
*Pena ter sido em péssima situação o melhor abraço da semana. Mas são nessas horas que muita coisa afloresce: força, orgulho, se sentir querido(a)............